Cadeira 59 (Efetivo) - Membro da APC desde 2018

Maria do Carmo Martins Sobral

Área: Engenharia

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Bolsista de Produtividade em Pesquisa 2 das Ciências Ambientais do CNPq. Pesquisadora visitante na Universidade Metropolitana de Oslo – OSLOMET (2015). Estágio Sênior no Instituto de Educação para Água da UNESCO-IHE (2014). Doutorado em Planejamento Ambiental na Universidade Técnica de Berlin – TU Berlin, Alemanha (1991). Pós-Doutorado no Instituto de Tecnologia Ambiental da TU-Berlin (2007). Mestrado em Engenharia Civil na Universidade de Waterloo, Canadá (1979). Especialização em Planejamento Urbano e Regional na Universidade Dortmund, Alemanha (1986).

Especialização em Saneamento Ambiental na Universidade Federal de Pernambuco-UFPE (1976). Graduação em Engenharia Civil na UFPE (1974). Professora Titular do Departamento de Engenharia Civil da UFPE. Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil na Área de Concentração Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos da UFPE e do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente- Rede PRODEMA da UFPE.

Coordenadora da Área de Ciências Ambientais da Capes (2011-maio 2016). Presidente da Câmara de Meio Ambiente e Agrárias da Área Interdisciplinar da CAPES (2009-2011). Membro Titular do Conselho Técnico-Científico de Ensino Superior da CAPES (2012-maio 2016). Coordenadora Geral de Programas da Diretoria de Relações Internacionais da Capes (maio-julho 2016). Membro da Rede de Estudos Ambientais de Países de Língua Portuguesa-REALP (2005-atual). Membro Titular do Conselho Científico do Instituto Tecnológico de Pernambuco – ITEP (2013-2019). Sub-Chefe do Departamento de Engenharia Civil da UFPE (2009-2013). Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente – PRODEMA/UFPE.

Editora Geral da Revista Brasileira de Ciências Ambientais – RBCIAMB da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental-ABES (2015). Editora da Área de Meio Ambiente da Revista de Engenharia Sanitária e Ambiental-ESA da ABES (2016). Membro do Comitê Científico da Revista Brasileira de Pós-Graduação da CAPES – RBPG (julho 2014 – 2016). Parecerista de diversas revistas científicas internacionais e nacionais.

No período de 1991-2009 exerceu diversos cargos na administração pública do estado de Pernambuco, ressaltando-se: Agência Pernambucana de Meio Ambiente-CPRH, Secretaria Estadual de Meio Ambiente – SECTMA, Fundação de Desenvolvimento da Região Metropolitana-FIDEM e Companhia Pernambucana de Saneamento-COMPESA. Presidente da Associação dos Ex-Alunos da Universidade Técnica de Berlin no Brasil -Alumni TUB (2011-atual).

Possui produção científica e tecnológica em: planejamento e tecnologia ambiental; avaliação de impactos ambientais, gestão integrada de bacias hidrográficas; qualidade da água; monitoramento ambiental, indicadores de sustentabilidade, gestão de resíduos sólidos.

Patrono

Apolônio Jorge de Farias Sales

Apolônio Jorge de Faria Sales nasceu no dia 24 de agosto de 1904, em Altinho (PE), filho de José Francisco de Faria Sales e de Maria Augusta Jorge Sales. Diplomou-se Engenheiro Agrônomo pela Escola Superior de Agricultura de São Bento em 1923, e em novembro de 1924, passou a ocupar o cargo de auxiliar do Serviço Estadual de Algodão, ministrando paralelamente aulas em sua faculdade. Nomeado chefe do Serviço Estadual da Cana, vinculado à Diretoria da Agricultura de Pernambuco em 1934, foi secretário estadual de Agricultura entre 1937 e 1942.

Nesse último ano, foi nomeado ministro da Agricultura do governo do presidente Getúlio Vargas. Em 1943, destacaram-se entre as medidas de Apolônio Sales à frente da pasta, a constituição da Comissão Brasileiro-Americana de Produção de Gêneros Alimentícios, a instalação de colônias agrícolas em diversos estados do país e a reorganização do Serviço de Meteorologia e do Centro Nacional de Ensino e Pesquisas Agronômicas, com a criação da Universidade Rural, da Superintendência de Edifícios e Parques e do Instituto Agronômico do Sul, além da elaboração de um plano para a mecanização da lavoura.

A essas medidas foram acrescidas, em 1944, a elaboração de uma legislação nacional para o associativismo rural e a efetivação de um convênio com o governo norte-americano para prover educação às populações rurais, além da criação do Serviço de Expansão do Trigo. Como resultado de uma campanha, desencadeada por Apolônio Sales desde 1943, pelo aproveitamento da cachoeira de Paulo Afonso, foram elaborados, em 1945, os decretos-leis que criaram a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF), que só seria instalada em março de 1948, já no governo do general Eurico Gaspar Dutra (1946-1951) e suas primeiras unidades geradoras só entrariam em funcionamento em dezembro de 1954.

Com a queda do Estado Novo, afastou-se da pasta da Agricultura, e em janeiro de 1947, elegeu-se senador por Pernambuco, pela coligação Partido Social Democrático (PSD) e Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), para um mandato de quatro anos. Em outubro de 1950 reelegeu-se pelo PSD ao Senado. Em junho de 1954 interrompeu suas atividades parlamentares e voltou a ocupar a pasta da Agricultura. Apolônio Sales participou da reunião ministerial que, na madrugada de 24 de agosto, discutiu medidas para a superação da crise político-militar por que passava o país, intensificada com o chamado atentado da Toneleros (05/8/1954), que resultara na morte do major-aviador Rubens Vaz e causara ferimentos no líder oposicionista Carlos Lacerda.

Na reunião, Apolônio decidiram apoiar qualquer decisão do presidente, quer esta consistisse em sua permanência no governo, quer em licença temporária. Às cinco horas da manhã do dia 24, a reunião foi encerrada por Vargas, que concordou em se licenciar da presidência. Poucas horas depois, foi divulgada a notícia de seu suicídio. Apolônio deixou a pasta da Agricultura em 31 de agosto, já no governo de João Café Filho. Em 1956, foi nomeado catedrático de agricultura e genética especializada da Faculdade de Agronomia da Universidade Rural de Pernambuco, além de eleito vice-presidente do Senado, reelegendo-se para essa função nos três anos seguintes.

Em março de 1958, participou da reunião convocada pelo presidente Juscelino Kubitschek, a fim de discutir medidas de combate aos efeitos da seca que assolava o Nordeste. Nesse encontro surgiu a idéia de se criar a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, fundada em dezembro de 1959. Apolônio Sales concluiu seu mandato de senador em 1959 e em 1962 assumiu a presidência da CHESF, permanecendo à frente da companhia até 1974. Faleceu no Rio de Janeiro no dia 12 de outubro de 1982.