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- 22-2-Ana Cristina de Almeida Fernandes
Ana Cristina de Almeida Fernandes
Áreas: Geografia
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Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Pernambuco (1981), mestrado em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas (1989) e doutorado em Geografia pela University of Sussex, Inglaterra (1996). Foi docente do Depto. Engenharia Civil da Universidade Federal de São Carlos, professora convidada do Instituto de Economia da Unicamp e atualmente é professora titular e pesquisadora líder do Grupo de Pesquisa em Inovação, Tecnologia e Território (GRITT). Atuou como Diretora de Inovação da Universidade Federal de Pernambuco, fundou e atuou como Coordenadora de Articulação e Promoção de Parcerias Estratégicas da mesma universidade e como Diretora de Política, Articulação e Coordenação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Pernambuco. Foi editora da Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, é editora associada da Revista Brasileira de Inovação, bolsista 1B do CNPq, e orienta teses e dissertações no Programa de Pós-Graduação em Geografia, da UFPE, do qual foi coordenadora de 2011 a 2013. Recebeu o prêmio FACEPE/CONFAP 2023 Pesquisadora Destaque na Área de Ciências Humanas. Seu interesse de pesquisa concentra-se na área de Geografia Econômica, principalmente nos seguintes temas: geografia política da inovação, sistema territorial de inovação, dimensão espacial do progresso técnico, política científica e tecnológica, desenvolvimento e política urbana e regional, desigualdades e polarização espacial, crise de acumulação, tecnologia e território.
Patrono
Pelópidas Silveira
Nasceu em Recife no dia 15 de abril de 1915. Cursou o primário no Colégio Santa Margarida e o secundário no Colégio Salesiano Padre Félix, então Ginásio de Recife, e no Ginásio Pernambucano. Ingressou na Escola de Engenharia de Pernambuco e, desde o terceiro ano do curso, aos dezoito anos, trabalhou no porto de Recife como assistente técnico.
Bacharelou-se em 1935. Em 1936 tornou-se assistente da cadeira de resistência de materiais da Escola de Engenharia, passando depois a reger a cadeira de construção civil, recém-criada na Universidade de Pernambuco. Participou da criação do Instituto Tecnológico do Estado de Pernambuco (ITP). Foi nomeado prefeito de Recife, tendo exercido o cargo de fevereiro a agosto de 1946, no governo do interventor José Domingues da Silva. Fez uma administração que o tornou popular. Trabalhou fortemente no processo de urbanização da Cidade, onde abriu a Av. Dantas Barreto, iniciou o alargamento da Av. Conde da Boa Vista que, por coincidência veio a terminar em 1958, quando foi novamente prefeito, fez o alargamento da rua Dom Bosco, a reforma da Praça da Independência e alguns trabalhos no Bairro do Recife.
Em 1949, abriu um escritório de construção civil, que manteve até 1954, quando deixou também o ITEP para se dedicar ao ensino superior e à política. Foi eleito prefeito do Recife em 1955. Durante sua administração, entregou ao público a avenida Conde de Boa Vista, ligando o centro da cidade aos subúrbios mais populosos; construiu a avenida Norte em concreto, ligando o bairro portuário à vila dos comerciários em Casa Amarela; adquiriu o sítio Trindade, que datava da época da ocupação holandesa e estava ameaçado de ser loteado, transformando-o em logradouro histérico; construiu jardins e praças; adquiriu o Teatro do Parque; modernizou a frota coletora de lixo; regulamentou a feira do livro, a higienizaçãodo mercado e dos matadouros públicos, e criou o entreposto de abastecimento, diminuindo o custo de intermediação.
Sua Secretaria de Agricultura aproveitou terras ao redor de Recife para a plantação de legumes. Em foi eleito vice-governador na chapa encabeçada por Cid Sampaio, e tomou posse no dia 15 de dezembro de 1959. Permaneceu no cargo de vice-governador até 1963. Em agosto de 1963 reelegeu-se prefeito de Recife, assumindo em dezembro. Foi deposto pelo movimento político-militar de março de 1964. Foi aposentado em outubro de 1965, ao lado de outros seis professores da Universidade de Pernambuco. Em 15 de maio de 1980 foi beneficiado pela Lei da Anistia, reintegrando-se à Universidade Federal de Pernambuco, em cuja Escola de Engenharia lecionou as disciplinas resistência dos materiais e formação dos solos durante dez meses. Aposentado desde 1981, passou a trabalhar exclusivamente na empresa Nacional Gás Butano, à qual estava ligado desde 1964.