Cadeira 27 (Efetivo) - Membro da APC desde 2021

Giovanna Machado

Áreas: Química e Ciência dos Materiais

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Nasceu em Rio Grande, Rio Grande do Sul , no dia 29 de novembro de 1968. Formou-se em Bacharel em Química em 1993 e em Licenciatura em Química em 1994, ambos cursos pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Realizou mestrado em Ciência dos Materiais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1996) e doutorado em Ciências dos Materiais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2002). Realizou estágio de pós-doutorado no Massachusetts Institute of Technology (MIT) no período de 2006-2007. É pesquisadora titular no Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (CETENE) desde 2009, e bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq nível 1C com índice H 32 e membro do CA CNPq em Química orgânica, foi Diretora da Divisão de Materiais em Química da Sociedade Brasileira de Química (SBQ) período 2018-2020. Atualmente é Diretora do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (CETENE). Giovanna também contribuiu para a criação de grupos de pesquisa com reconhecida experiência nacional e internacional na área de Ciência dos Materiais e Química. Sua independência cientifica também pode ser comprovada pela captação de recursos financeiros junto a agências de fomento nacionais e internacionais, bem como a participação em projetos científicos voltados para tecnologia de ponta que contribuem no desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida da população fornecendo subsídios à implementação de políticas públicas de desenvolvimento social. Atendendo as demandas de políticas, gestão e extensão científica ela lançou em 2012 o PROGRAMA FUTURAS CIENTISTAS, que tem como objetivo a inclusão de alunas e professoras do Ensino Médio, de Escolas públicas da região metropolitana de Recife, nas atividades de pesquisa desenvolvidas no Centro de Tecnologia Estratégica do Nordeste – CETENE Giovanna entende que as tecnologias devem ser voltadas a fim de atender a população local e promover a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida. Neste sentido as novas tecnologias, incluindo as desenvolvidas em seu grupo de pesquisa são voltadas para os problemas sociais da população, com o intuito de criar modelos que tenham efeitos demonstrativos às demais comunidades. A contemplação a inovação e relevância nacional inserido em uma política de desenvolvimento se destaca nos seus projetos. Neste sentido, busca-se a interação técnico-científica entre o Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (CETENE) com outras instituições tecnológicas visando estreitar relações em áreas estratégicas voltadas a tecnologia e inovação.

Lucia Piave Tosi (1917 - 2007)

Química e Feminista

Patronesse

Nasceu em Buenos Aires, Argentina em 20 de dezembro de 1917. Graduou-se em Química pela Faculdade de Ciências Exatas, Físicas e Naturais da Universidade de Buenos Aires e nesta instituição obteve o grau de Doutora em Eletroquímica em 1945. Seu desempenho acadêmico propiciou que nos anos de 1947 e 1948 tenha sido contemplada com uma bolsa de estudos do governo francês para estagiar no Laboratório de Eletroquímica da Universidade da Sorbonne em Paris. No ano de 1952 publica no Chile o livro “El Metodo Polarográfico de Analisis”. Em 1954 vai trabalhar no Instituto Nacional de Tecnologia, no Rio de Janeiro. Esteve na Universidade de Cambridge, Inglaterra em 1958 e em 1959 estava lecionando na Universidade Federal de Pernambuco, em Recife. E entre 1960 e 1964 foi pesquisadora do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), no Rio de Janeiro. Instalou-se em Paris em 1966. Nessa cidade viveu até 1983. Nesses quase vinte anos foi pesquisadora do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS) na Universidade Paris VI. Aposentou-se dessa universidade em 1983. Na sua estadia na França, Lucia viveu a explosão do movimento feminista depois de maio de 1968 e junto com mulheres exiladas das ditaduras latino-americanas criaram o Grupo Latino-Americano de Mulheres em Paris e Lucia abraçou com fervor a luta das mulheres pela construção da igualdade. Sua sólida formação científica e o interesse pelos estudos sobre a participação das mulheres na Ciência fizeram com que ela se tornasse uma significativa pesquisadora deste campo disciplinar, além da pesquisa na área da Química. Assim, a química renomada Lucia Tosi volta ao Brasil e entre 1984 e 1988 foi professora visitante do departamento de Química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Em 1989 volta a Paris, mas manteve a cooperação científica com a UFMG, onde passava três meses por ano, trabalhando no Departamento de Química dessa universidade. Lucia Tosi deixou uma importante contribuição à estrutura de moléculas e espectroscopia de raios gama, nas áreas de Espectroscopia e de Química Biorgânica e trabalhos pioneiros em História das Ciências, sobretudo sobre o papel da mulher na ciência. Teve, assim, uma intensa vida acadêmica nessas áreas de estudos como na História da Ciência, além de uma vibrante atuação política feminista. Faleceu em Campinas/SP, no dia 25 de fevereiro de 2007.