Ex-Cadeira 03 (Emérito em 2021) - Membro da APC desde 1978

Leonardo Sampaio

Áreas: Engenharia Agronômica e Administração da Produção

Filho de Yony de Sá Barretto Sampaio e Auristela (Cavalcanti Veras) Valadares Sampaio, nasceu aos 26.12.2942. Engenheiro Agrônomo (URP-1964) e diplomas em Direção de Empresas e Relações Públicas. Mestrado em Administração de Empresas, Economia Agrícola e Ciência e Tecnologia de Alimentos (Univ California-1966) e PhD (ABT, Planejamento do desenvolvimento-1974). 

Autor de livros, cadernos, trabalhos técnicos e artigos nas áreas de desenvolvimento, reforma e modernização administrativas, acompanhamento, monitoria e avaliação, uso de ferramentas para a implementação da administração participativa e promoção do desenvolvimento sustentável. Idealizador e responsável pela série “Orçamento e Governo”, da Revista da Associação Comercial de Pernambuco. Pós-graduações em Teoria e técnicas de decisão empresarial (Escola Interamericana de Administração Pública); Tomada de Decisões e Planejamento de Resultados; Coordenador técnico em aviação agrícola; Engenharia de Sistemas Aplicada ao Planejamento de Projetos (Instituto de Pesquisas Espaciais); Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia (Escola Superior de Guerra do Brasil); Curso Avançado em Sistemas de Computação (Escola Nacional de Administração, Instituto Latino-Americano de Tecnologia). Professor Titular, Administração da Produção e Planejamento do Desenvolvimento, Co-fundador dos Cursos de Administração da UFPE e UPE.

Idealizador, fundador e professor do Mestrado em Administração Rural da UFRPE. Pesquisador do PIMES (Programa Integrado de Mestrado e Doutorado em Economia e Sociologia, UFPE). Consultor e pesquisador do Conselho Nacional de Pesquisas. Consultor do Ministério da Educação do Brasil (1981). Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação: UFRPE (1976) e UFPE (1983). Diretor de Organização e Sistemas, SUDENE (1975). Diretor de Capacitação de Recursos Humanos e Chefe da Unidade de Planejamento e Avaliação do GERAN (Grupo Especial do Ministério do Interior do Brasil para a Racionalização da Agroindústria Canavieira do Nordeste (1970). Coordenador do Vale do Capibaribe (convênio Itamaraty e Governo Suíço (1968). Coordenador Brasileiro e membro do Comitê de Coordenação Internacional do COSINEXP/Instituto de Pesquisas sobre o Desenvolvimento Internacional. Presidente de empresas privadas e conselhos de organizações nacionais e internacionais.

Cidadão Honorário do Estado da Georgia, USA(1981). Título de “Honorável” pelos Partners of the Americas/Office of the Agency for International Development, por haver trazido para o Brasil o Programa dos Companheiros das Américas e fundado o Comitê Pernambuco-Geórgia(1970). Presidente e vice-presidente das Academias Pernambucana e Brasileira de Ciência Agronômica e do Memorial da Engenharia em Pernambuco. Membro do Conselho Técnico Permanente do CREA/Confea. Membro: Academia Pesqueirense de Letras e Artes; International Agricultural Development Society; Associação Brasileira dos Engenheiros Escritores; Associado do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano e do Centro de Estudos do Nordeste. Prêmio Banco Nacional do Norte, de Liderança. Prêmio Guimarães Duque, do Banco do Nordeste do Brasil, pelo livro “Política Agrícola no Nordeste: intenções e resultados”.

Patrono

Dom Pedro Roeser

Edmundo Roeser nasceu em 21 de novembro de 1870, na cidade de Mergentheim, no reino de Württemberg, no sul da Alemanha. Em 14 de novembro de 1894, ingressou na Abadia de Beuron, tendo sido ordenado em 10 de outubro de 1898. Adotou o nome monástico de Pedro, numa referência ao apóstolo São Pedro. Transferido para o Mosteiro de Santo André, em Bruges (Bélgica), foi nomeado zelador e mestre dos noviços, aonde passou a estudar o idioma português e a história e civilização brasileiras, tendo embarcado para Pernambuco no porto de Hamburgo em 28 de setembro de 1899.

No Brasil, foi designado para a residência de Nossa Senhora da Conceição, na Serra do Baturité, no estado do Ceará, onde ficou até o dia 1º de fevereiro de 1906, como Prior e Instrutor. Após seis anos de dedicação e trabalho no Nordeste, torna-se cidadão brasileiro, ao se naturalizar em 1905. Em dezembro de 1906, foi enviado para Olinda, sendo nomeado Abade do Mosteiro de Olinda e da Paraíba. Cientista administrador, idealizou e criou, com apoio do empresariado pernambucano, as “Escolas Superiores de Agricultura e Medicina Veterinária de São Bento”, moldadas nas “Landwirtschaftliche Hochschule”, com programas baseados nos currículos adotados pelas congêneres associadas de Munich e Halle. Sua atuação como introdutor de novos modelos de administração levaram a que fosse convidado a idealizar e coordenar uma série de projetos para o desenvolvimento econômico e social do Nordeste, como o Hospital do Centenário, com treinamento de pessoal por professores europeus e métodos modernos de atendimento, com curso anexo de enfermagem, para as comemorações do centenário da independência.

Sócio titular do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, desde 1914, fez parte da Comissão de Arqueologia e Etnografia. Requisitado para o sul do país, foi inicialmente para Santos e daí para Sorocaba; em 21 de agosto de 1931, transferindo-se definitivamente para o Mosteiro de São Bento de Jundiaí, onde sua cultura e sacerdócio ativo e fecundo muito ajudou o crescimento do estado de São Paulo. Em 1931 fundou a Casa da Criança, que permanece em atividade até os dias atuais. Prevendo o crescimento do número de crianças desamparadas, idealizou e fundou, em 1940, a Congregação das Oblatas Missionárias de Santa Úrsula, para orientar e manter suas obras sociais e dar assistência catequética às populações rurais, em moldes de fecundo trabalho de economia doméstica e administração do lar com práticas sustentáveis, principalmente no aproveitamento de alimentos e valorização dos conhecimentos comunitários.

Fundou em 1943 o Aprendizado Agrícola Dr. Olavo Guimarães. A comenda da Grã Ordem do Cruzeiro do Sul, maior condecoração outorgada pelo governo brasileiro, foi-lhe concedida em 29 de junho de 1953. Em gratidão ao seu Cidadão Benemérito, o povo de Jundiaí, após sua morte, ergueu na Praça Dom Pedro II, situada defronte à Casa da Criança uma escultura, para perpetuar no bronze sua grande vida e magnífica obra. Assim como Olinda, lhe prestou uma justa e merecida homenagem, ao conferir a uma de suas ruas, situada no centro histórico o nome de Dom Pedro Roeser. Grande educador e administrador, cuidou para que o ensino das ciências rurais fosse voltado para a formação de profissionais com capacidade multiplicativa e integradora das competências científicas na educação, pesquisa e extensão, com abrangente visão empreendedora, social, administrativa e econômica.

A Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE, continuação da obra de Dom Pedro Roeser, considera-o seu primeiro Reitor e concede anualmente, a medalha que leva seu nome, a pessoa física ou jurídica, que tenha prestado relevantes serviços àquela Universidade ou à educação no Brasil. Dom Pedro faleceu em Jundiaí-SP, no dia 05 agosto de 1955.