Cadeira 34 (Efetivo) - Membro da APC desde 2011

Luiz Claudio Arraes de Alencar

Áreas: Medicina

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Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco (1985), Mestrado em Medicina Tropical pela Universidade Federal de Pernambuco (1993) e Doutorado em Infectologia pela Universidade Federal de São Paulo (2000).

Atualmente é Professor da Universidade de Pernambuco, professor da Universidade Federal de Pernambuco, Coordenador do Centro de Pesquisa Clínica do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, colaborador do Conselho Regional de Medicina, consultor – Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco, consultor do Ministério da Saúde, Consultor do Ministério da Saúde, Consultor – Secretaria Estadual de Saúde e consultor do Ministério da Saúde.

Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Infectologia, atuando principalmente nos seguintes temas: hiv, hepatite b, hepatite c, aids e contos.

Patrono

Carlos Justiniano Ribeiro Chagas

Cientista brasileiro, nasceu em Oliveira, Minas Gerais em 09 de julho de 1878. Começa a estudar em São João del Rei, concluindo o colegial em Ouro Preto. Doutorou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1903). Ainda acadêmico, ingressou no Instituto Bacteriológico Osvaldo Cruz (1903), de que viria a ser diretor (1917 -1934). Desde cedo revelou dotes de pesquisador e sanitarista. À frente da campanha profilática, erradicou a malária na cidade de Santos (1905).

Graças à sua teoria domiciliar da transmissão da malária, formulada por ocasião dessa campanha, projetou seu nome nos meios científicos do país. Seus trabalhos foram mais tardes universalmente aceitos. Foi chefe da comissão de estudos sobre a profilaxia da malária em Minas Gerais (1907). Em 1909 concluiu as pesquisas destinadas a debelar a tripanossomíase, posteriormente conhecida como doença de Chagas. Identificou o agente causador dessa doença, ao qual deu o nome de Trypanosoma cruzi, em homenagem a Osvaldo Cruz.

Seu trabalho abrange todos os aspectos da doença: anatomia patológica, epidemiologia, etiologia, formas clínicas, meios de transmissão, patogenia, profilaxia e sintomatologia. Um ano depois de sua descoberta, recebeu o reconhecimento dos meios científicos internacionais. Criou-se para ele uma vaga especial na Academia Nacional de Medicina (1910). Os dois anos seguintes, passou-os Carlos Chagas em viagem pelo vale amazônico, levantando carta epidemiológica da região. Em 1912 um júri internacional conferiu-lhe o prêmio Schaudinn, concedido ao melhor estudo sobre protozoologia e microbiologia. Outro trabalho seu foi a chefia da campanha contra a epidemia de gripe “espanhola” no Rio de Janeiro (1918).

Diretor de Saúde Pública (1919), aperfeiçoou e modernizou os serviços sanitários da então capital da república. Professor de medicina tropical da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1925). Ainda em 1925 a universidade de Hamburgo conferiu-lhe o prêmio Kummel (medalha de ouro). Recebeu os títulos de magister honoris causa das Universidades de Paris e Harvard. Pertenceu às academias de medicina de New York (1926), Paris (1930) e Lima (1922).

De sua extensa obra publicada, destacam-se: Estudos hematológicos do impaludismo (1902), Hematologia do impaludismo (1903), Profilaxia antipalúdica (1907), Nova espécie de Taeniorynchus(1908), Nova espécie mórbida do homem produzida por um tripanossoma (1909), Classificação e descrição de diversas espécies de anofelinos e culicídios, Descrição de uma nova moléstia humana transmitida pelo “barbeiro” (Triatoma megistus) (1912), Patogenia da tripanossomíase americana (em colaboração com Eurico Vilela) (1929), Aspectos evolutivos do Trypanosoma cruzino transmissor (1929). Faleceu no Rio de Janeiro em 08 de novembro de 1934.