Ex-Cadeira 36 (Emérito em 2021) - Membro da APC desde 2011

Waldir Duarte da Costa

Áreas: Geologia

Nascido no Recife em 30 de março de 1938. Geólogo formado na Escola de Geologia da UFPE (1962).Mestrado em Geociências, área de concentração em Hidrogeologia UFPE (1977). Doutorado em Geociências, área de concentração em Hidrogeologia, USP (1986). Assessor Técnico da Companhia de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco (CONDEPE) (1963). Assessor Técnico do Departamento Estadual de Poços e Açudagem do Estado de Pernambuco (1965/67).

Vice-Presidente da Associação dos Geólogos de Pernambuco (AGP) (1967/68). Presidente da Sociedade Brasileira de Geologia (SBG), Núcleo Pernambuco (1968/69). Consultor Técnico da Secretaria de Planejamento do Estado de Pernambuco (SEPLAN) (1978). Consultor Técnico da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) (1981/87). Conselheiro do CREA-PE (1983/85 e 1986/88). Coordenador da Câmara de Geologia do CREA-PE (1988). Conselheiro do CONFEA (1989/91). Coordenador Executivo do Laboratório de Hidrogeologia do Centro de Tecnologia da UFPE. Consultor “Ad Hoc” do CNPq a partir de 1986.

Diretor-Administrativo da ATEPE – Associação Tecnológica de Pernambuco (1986-1992). Presidente da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS), Núcleo Pernambuco, (1987/88). Vice-Diretor do Centro de Tecnologia da UFPE (1988-1992). 1° Vice-Presidente da ABAS-Associação Brasileira de Águas Subterrâneas – Núcleo Pernambuco (1991/92). Consultor do DNPM com Bolsa de Desenvolvimento Tecnológico do CNPq, de maio/92 a maio/94. Presidente Nacional da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas-ABAS (1995/97).

Presidente da Câmara Técnica de Águas Subterrâneas, do Conselho Estadual de Recursos Hídricos do Estado de Pernambuco (2002-2010). Consultor do CT-HIDRO do Ministério de Ciência Tecnologia e Meio Ambiente (2005-2006). Coordenador da Câmara Técnica de Águas Subterrâneas do Conselho Estadual de Recursos Hídricos do Estado de Pernambuco a partir de 2015. Professor Titular do Instituto de Geociências da UFPE. Comenda “Amigo das Águas” conferida pelo Núcleo Ceará da ABAS (1998).

Comenda “Personalidade das Águas Subterrâneas” conferida pelo Núcleo Pernambuco da ABAS (2000). Comenda “Revelação Rotária de 2003” Rotary Club Recife. Comenda “Medalha Lauro Borba” conferida pelo CREA-PE (2012) Prêmio ABAS Aldo da Cunha Rebouças pela passagem dos 50 anos de formado em geologia, dedicados inteiramente à pesquisa e estudo das águas subterrâneas no Brasil.

Patrono

Karl Theodor Beurlen

Nascido em Aalen, Alemanha em 17 de abril de 1901 e falecido em Tübingen27 de dezembro de 1985, foi um paleontólogo alemão. Filho de um professor do ensino fundamental, cedo mostrou interesse por ciências naturais. A partir de 1919 estudou geologia na Universität Tübingen, onde obteve em 1923 um doutorado em paleontologia de amonites do Jurássico Superior, orientado por Edwin Hennig, sendo na sequência seu assistente.

Em 1925 foi para a Universidade de Königsberg. Em 1934 foi professor e conselheiro administrativo do Instituto Geopaleontológico da Universidade de Kiel. De 1937 a 1945 foi diretor da Divisão de Ciência dos Solos (geologiamineralogia e geofísica) do Reichsforschungsrat. Em 1941 foi professor de paleontologia e estratigrafia da Universidade de Munique, onde foi conselheiro administrativo do Instituto de Paleontologia. Tendo sido demitido com base no processo de desnazificação após a Segunda Guerra Mundial, foi para o Brasil em 1950, onde trabalhou como paleontólogo no Instituto Geológico Brasileiro na cidade do Rio de Janeiro.

No Brasil trabalhou no processamento de fósseis da fauna do supercontinente sul Gondwana, tornando-se seguidor da na época ainda fortemente rejeitada teoria da deriva continental de Alfred Wegener. A partir de 1958 construiu o Instituto Geopaleontológico da recém fundada Universidade do Recife. Em razão das condições políticas instáveis após o Golpe de 1964, aposentou-se em 1969 e retornou à Alemanha. Lá escreveu diversos livros sobre fósseis, que foram de grande vendagem. Em suas obras da década de 1930 era seguidor da teoria que negava o evolucionismo darwiniano, a teoria da evolução ortogenética, influenciada pela ideologia nacional-socialista.

[1]Semelhantes ideias foram seguidas na época for outros paleontólogos da Alemanha, como Otto Schindewolf e Edwin Hennig. No Brasil descreveu dentre outros em 1962 a estratigrafia da Formação Santana, conhecida por diversos fósseis de peixes do período Cretáceo na Chapada do Araripe. Em 1936 foi eleito membro da Academia Leopoldina. Em 1937 foi presidente da Deutsche Gesellschaft für Geowissenschaften e em 1938 da Paläontologische Gesellschaft. Desde 1941, foi membro da Academia de Ciências da Baviera.

Em 1970 recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade do Recife. Em 1972 recebeu a medalha de ouro da Sociedade Brasileira de Geologia e em 1985 a medalha de prata da Sociedade Brasileira de Paleontologia.