Cadeira 36 (Efetivo) - Membro da APC desde 2021

Janete Maria Lins de Azevedo

Áreas: Educação

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Nasceu em João Pessoa, Paraíba, no dia 12 de maio de 1950. Possui graduação (bacharelato e licenciatura) em Ciências Sociais pela Universidade Católica de Pernambuco, diplomas obtidos respectivamente nos anos de 1973 e 1975. Possui mestrado em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (1981) e doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP (1994). Realizou estágios de Pós-doutoramento na Université Paris 8 (França, 2002/2003) e na Universidad de Valencia (Espanha, 2018). Iniciou a docência na Universidade Católica de Pernambuco em 1979, lecionando nos Departamentos de Sociologia e de Educação. Ingressou, em 1984, na UFPE (Departamento de Fundamentos Sociofilosóficos da Educação-DFSFE) onde permanece até o presente como Professora Titular (desde 2012). É docente permanente do Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE) da UFPE e dos cursos de Pedagogia e licenciaturas diversas. Exerceu o cargo de chefe de Departamento, e foi coordenadora do PPGE-UFPE por duas gestões (1996/1998 -1999/2001). É líder do grupo de pesquisa Políticas Públicas da Educação no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, e integrante das seguintes redes: Rede de Estudos e Pesquisas em Planejamento e Gestão Educacional – REPLAG, Red Latino-americana de Estudios Epistemológicos en Política Educativa (ReLePe), e Rede Ibero – Americana de Pesquisa em Política e Gestão da Educação -REIPPGE, por meio das quais tem realizado estudos e pesquisas em cooperação. Ao longo da sua trajetória vem desenvolvendo projetos na área de política educacional, sociologia da educação, e gestão da educação básica com financiamentos, principalmente, do CNPq, CAPES e FACEPE. Tem publicado, regularmente, resultados de suas pesquisas em periódicos científicos, em Anais de Eventos da mesma natureza, e em livros e capítulos de livro. Orientou 24 dissertações de mestrado, 09 teses de doutorado e 31 projetos de iniciação científica (até hoje: junho de 2021). Foi editora da Revista Brasileira de Políticas e Administração da Educação- RBPAE (2012/2015) e coeditora da Revista Brasileira de Educação -RBE (2004/2009). Integrou a diretoria da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação – ANPEd, como secretária adjunta, sendo também membro do seu comitê científico por dois biênios. Nesta mesma Associação, participou da fundação do Grupo de Trabalho Estado e Política Educacional, o qual coordenou por duas gestões. Foi diretora de avaliação e programas da Associação Nacional de Políticas e Administração da Educação-ANPAE (Biênio 1998/2000) e membro do Conselho Fiscal (Biênios 2015/ 2017 e 2017/2019). Atuou como membro da Comissão de Avaliação da CAPES para a área de Educação (1998/1999 e 2002/2003). Vem atuando como parecerista ad hoc do CNPq, da CAPES, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia – FAPESB, da Fundação de Amparo ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão- FAPEMA, da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Ceará -FUNCAP e da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco – FACEPE. Faz parte do conselho editorial de um conjunto de periódicos científicos, entre os quais: Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Revista Educação e Realidade, Retratos da Escola, Revista do Instituto de Políticas Públicas da Universidade Júlio de Mesquita, Revista de Estudios Teóricos y Epistemológicos en Política Educativa, Revista Currículo sem Fronteiras, Revista em Aberto, Jornal de Políticas Educacionais, e Revista Estudos Universitários. Foi agraciada, por três vezes, com Diploma pela Contribuição à Investigação Técnico Científica em virtude de orientandos seus de iniciação científica terem obtido o prêmio Jovem Cientista (Propesq/UFPE, 1996 e 1997). Recebeu a Homenagem Paulo Freire pelo reconhecimento de serviços prestados à educação brasileira (ANPEd/Secadi/ MEC, 2012) e a Homenagem pela contribuição de sua obra à formação de pesquisadores brasileiros da área de políticas da educação (ANPEd, 2020).
https://redeplanejamento.wixsite.com/replag/integrantes https://www.relepe.org/index.php/grupos-de-investigacion

Rose Marie Muraro

Patronesse

Rose Marie Muraro foi uma escritora brasileira, pensadora da condição humana, particularmente da condição feminina, e militante pelos direitos humanos. Nasceu em 11 de novembro de 1930 na cidade do Rio de Janeiro, estudou Física e Economia, e a sua produção intelectual se vincula predominantemente à área das Ciências Humanas. Pioneira no Brasil do trato da questão de gênero, não se ateve a focalizar apenas as relações desiguais entre homens e mulheres. Denunciou relações de opressão na cultura, nas ciências, nas correntes filosóficas, nas instituições e no sistema econômico. Publicou 40 livros entre os quais «Educando meninos e meninas para um mundo novo», «História do masculino e do feminino», «Para onde vão os jovens», «A mulher na construção do futuro», «Reinventando o capital dinheiro», «Um novo mundo em gestão», «Memórias de uma mulher impossível», « Os avanços tecnológicos e o futuro da humanidade: querendo ser Deus?». Sem desconsiderar a questão do feminino (no homem e na mulher), tratou dos desafios da ciência e da técnica moderna, discutindo a precarização do mundo do trabalho, bem como da nanotecnologia, da robótica, da engenharia genética e da biologia sintética, atentando para os riscos do avanço do conhecimento técnico científico em uma sociedade que transforma tudo em mercadoria, inclusive a vida, sem, contudo, defender uma postura obscurantista. Se colocou sempre em defesa da revolução da sustentabilidade, vista como a única que poderia evitar a destruição da espécie humana. Seu livro considerado mais importante é «Sexualidade da Mulher Brasileira: corpo e classe social no Brasil» originário de ampla pesquisa de campo em vários Estados da federação, entre os quais Pernambuco. Ela analisou como é vivenciada a sexualidade, tendo por referente a situação de classe das mulheres, questão não tratada pelos fundadores da psicanálise. Era católica, adepta da Teologia da Libertação, fato que, nos anos 1980, custou-lhe o cargo de diretora da Editora Vozes, em face de a Igreja de então ter assumido posturas mais conservadoras. Seu trabalho na Vozes é considerado um marco na história da resistência ao regime militar, por ter publicado inúmeros livros de autores perseguidos pela censura. Proferiu palestras em Harvard e Cornell, nos EEUU, e em muitas outras instituições do ensino superior no Brasil e no mundo. Por nove vezes, foi indicada por várias instituições como «A Mulher do Ano» (1990 a 1999). Recebeu da União Brasileira de Escritores o título de «Intelectual do Ano» (1994). Foi agraciada pelo Senado Federal com  o Prêmio Teotônio Vilela, em comemoração aos vinte anos da anistia no Brasil (1999). Recebeu o título de  cidadã honorária de Brasília (2001) e de São Paulo (2004) e ganhou o Prêmio Bertha Lutz do Senado Federal (2008). Em 2005, o governo federal a reconheceu como Patrona do Feminismo Brasileiro. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 21 de junho de 2014, aos 83 anos.