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Roberto Mauro Cortez Motta
Áreas: Filosofia
Possui graduação em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco (1962), mestrado em Ciências Sociais pelo Institute of Social Sciences, em Haia, Holanda (1964) e doutorado em Antropologia por Columbia University (1984), além de pós-doutorados em Paris, Roma, Harvard e Los Angeles. Tem sido professor ou pesquisador, permanente ou visitante na Universidade Federal de Pernambuco, Fundação Joaquim Nabuco (Recife), universidades de Paris V (Sorbonne), Roma II, da Califórnia em Los Angeles, do Center for the Study of World Religions de Harvard University, da École des Hautes Etudes en Sciences Sociales, da Universidade Estadual da Paraíba, da Universidade de Caën, etc.
Tem experiência e publicações, em vários idiomas, nas áreas de Antropologia e Sociologia, com ênfase nas transformações do campo religioso, incluindo processos de mundanização e secularização, religiões afro-brasileiras, relações raciais, pensamento social (com ênfase em Max Weber, Roger Bastide e Gilberto Freyre). Pesquisou também sobre as chamadas “economias informais” e segue atentamente a evolução dos estudos sobre modernização e desenvolvimento. Também atua frequentemente como consultor sobre projetos de pesquisa ou avaliação de trabalhos em ciências sociais, tanto no Brasil como no exterior.
É membro de grupos de pesquisa nacionais e estrangeiros, tias como, no Brasil, o Núcleo de Estudos das Religiões Populares (NERP), do qual é líder principal, e do Groupe de Sociologie des Religions et de la Laïcité (GSRL), sediado em Paris. Durante dois mandatos consecutivos, tem exercido a função de Conselheiro da Sociedade Internacional de Sociologia da Religião. Já no segundo semestre de 2016, o autor deste c.v. foi convidado para membro da “international board of advisors” do recém-fundado International Center for the Sociology of Religion – ICSOR, com sede em Roma.
Roberto Motta, que se preza de sua francofonia e francofilia, foi elevado à categoria de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras da República Francesa, tendo também recebido a Medalha Roquette-Pinto, conferida pela Associação Brasileira de Antropologia, em reconhecimento de serviços prestados à Ciência Social em plano nacional e internacional.
Patrono
Waldemar Valente
Waldemar de Figueiredo Valente (Recife, 9 de novembro de 1908 – 27 de novembro de 1992) foi um médico, antropólogo, escritor e professor brasileiro e membro da Academia Pernambucana de Letras. Formado em Farmácia (aos 18 anos) e em Medicina (aos 23 anos), pela então Universidade do Recife, hoje Universidade Federal de Pernambuco. Em 1933 trabalhou no combate à epidemia de malária no Rio Grande do Norte. De volta a Pernambuco, foi diretor do Serviço de Assistência Médica aos Flagelados, ligado ao DNOCS – Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, e diretor do Departamento de Cursos e de Educação Sanitária da então Secretaria do Interior, Instrução e Justiça, posteriormente transformada em Secretaria de Educação e Saúde (hoje, Secretaria de Saúde de Pernambuco).
Foi professor e diretor do Ginásio Pernambucano e diretor do Departamento de Antropologia da Fundação Joaquim Nabuco, onde atuou por décadas. Principais obras: O Monogerismo Linguístico e a Origem do Homem Americano (1933 – seu primeiro livro); Sincretismo Religioso Afro-Brasileiro (1955 – seu mais conhecido livro); Caminha, o Primeiro Etnógrafo do Brasil; Introdução ao Estudo da Antropologia Cultural; Marcas Muçulmanas nos Xangôs de Pernambuco; A Função Mágica dos Tambores.