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Francisco Cribari Neto
Áreas: Estatística e Econometria

Patrono
Joaquim Cardozo
O engenheiro civil Joaquim Cardoso nasceu em 1897 no Recife. Braço direito de Oscar Niemeyer, ele foi responsável pelos cálculos e projeções de boa parte dos conjuntos arquitetônicos de Brasília: Palácio da Alvorada, Congresso Nacional, Palácio do Itamaraty, Supremo Tribunal Federal, Catedral de Brasília, Ministério do Exército, Tribunal de Contas da União, Cine Brasília, Igreja Nossa Senhora de Fátima e o Museu de Brasília. Fundador da Escola de Belas-Artes do Recife.
Cardozo renovou a concepção estrutural do concreto armado e os métodos de cálculo. Em Recife, executou os projetos estruturais de edifícios como o Bandepe e Bancipe; de vários prédios residenciais da orla de Boa Viagem como Miguelangelo, Portinari e Valásques. Também projetou o Pavilhão Luís Nunes, atual sede do IAB, Escola Alberto Torres e Caixa d’Água de Olinda. Há obras projetadas por ele que se espalham nas várias partes do Brasil. No Rio de Janeiro, o monumento aos mortos da Segunda Guerra Mundial e o Maracanãzinho.
Em São Paulo, a fábrica de biscoitos Duchen, que obteve o prêmio da Bienal de São Paulo, a Chácara Flora do Instituto dos Bancários, o Laboratório de Motores, as Oficinas e o túnel aerodinâmico do Instituto Tecnológico da Aeronáutica. O POETA – Além de sua imensa contribuição para a Engenharia, Cardozo se eternizou como poeta, dramaturgo, contista, desenhista e editor de revistas especializadas em arte e arquitetura. Como poeta, teve suas primeiras poesias datadas de 1924. Conviveu com poetas pernambucanos, como Ascenso Ferreira, Manuel Bandeira e João Cabral de Melo Neto.
Foi levado pela arteriosclerose em 4 de novembro de 1978. Mas deixou um grande legado, em obras, livros e poesias, a exemplo do poema “Espumas do Mar”, cujo fragmento segue abaixo:
“(…) Teu rosto esqueci
Teus olhos? Não sei…
Da face marcada
O espelho quebrei
De muito sonhar;
Nos laços retidos
Das águas profundas
Tesouros perdidos
Quem há de encontrar?
Espumas do mar”.