Cadeira 61 (Efetivo) - Membro da APC desde 2018

Teresa Bernada Ludermir

Área: Computação

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Professora Titular do Centro de Informática da UFPE. Em 2010, foi agraciada com o título de Comendadora da Ordem Nacional do Mérito Científico, pela Presidência da República do Brasil. É pesquisadora 1A do CNPq e sênior member do IEEE. Em 2015, recebeu os Prêmios do Mérito Científico da Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e das Comissões Especiais de Redes Neurais e Inteligência Artificial.

Possui graduação e mestrado em Ciência da Computação pela UFPE e doutorado pelo Imperial College – University of London. A principal área de interesse é Inteligência Computacional, com ênfase em Redes Neurais e Aprendizado de Máquina. Foi editora chefe do periódico IJCIA – International Journal of Computation Intelligence and Application da World Scientific Publishing de 2004 a 2012.

Tem participado ativamente da organização e de comitês de programas das principais conferências nacionais e internacionais em redes neurais e inteligência computacional, bem como de comitês assessores do CNPq, CAPES, FINEP, FACEPE e de outras agências.

Patrono

João Cabral de Melo Neto

João Cabral de Melo Neto (1920-1999) foi um poeta e diplomata brasileiro. Autor de “Morte e Vida Severina”, poema dramático que o consagrou. Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Recebeu o Prêmio da Poesia, do Instituto Nacional do Livro, o Prêmio Jabuti da Academia Brasileira do Livro e o Prêmio da União Brasileira de Escritores, pelo livro “Crime na Calle Relator”.

João Cabral de Melo Neto nasceu no Recife, Pernambuco, no dia 9 de janeiro de 1920. Filho de Luís Antônio Cabral de Melo e de Carmem Carneiro Leão Cabral de Melo, irmão do historiador Evaldo Cabral de Melo e primo do poeta Manuel Bandeira e do Sociólogo Gilberto Freire. Passou sua infância entre os engenhos da família nas cidades de São Loureço da Mata e Moreno. Estudou no Colégio Marista, no Recife. Amante da leitura lia tudo o que tinha acesso, no colégio e na casa da avó. Em 1941, participa do Primeiro Congresso de Poesia do Recife, lendo o opúsculo “Considerações sobre o Poeta Dormindo”. Em 1942 publicou sua primeira coletânea de poemas, com o livro “Pedra do Sono”, onde predomina uma atmosfera vaga de surrealismo e absurdo.

Depois de se tornar amigo do poeta Joaquim Cardoso e do pintor Vicente do Rego Monteiro, transfere-se para o Rio de Janeiro. Durante os anos de 1943 e 1944, trabalhou no Departamento de Arregimentação e Seleção de Pessoal do Rio de Janeiro. Em 1945 publicou seu segundo livro “O Engenheiro”, custeado pelo empresário e poeta Augusto Frederico Schmidt. Realiza seu segundo concurso público, e em 1947 ingressa na carreira diplomática passando a viver em várias cidades do mundo, como Barcelona, Londres, Sevilha, Marselha, Genebra, Berna, Assunção, Dacar e outras. Em 1950, publicou o poema “O Cão Sem Plumas”, a partir de então começa a escrever sobre temas sociais.

Em 1956 escreve o poema “Morte e Vida Severina”, responsável por sua popularidade. Trata-se de um auto de Natal que persegue a tradição dos autos medievais, fazendo uso da redondilha, do ritmo e da musicalidade. Foi levado ao palco do Teatro da Universidade Católica de São Paulo (TUCA), em 1966 e musicado por Chico Buarque de Holanda. O poema narra a trajetória de um retirante, que para livrar-se de uma vida de privações no interior, ruma para a capital.

Na cidade grande o retirante depara-se com uma vida de dificuldades e miséria. João Cabral de Melo Neto foi casado com Stella Maria Barbosa de Oliveira, com quem teve cinco filhos. Casou pela segunda vez com a poetisa Marly de Oliveira. Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, para a cadeira nº. 37, tomando posse em 6 de maio de 1969. Em 1992, começou a sofrer de cegueira progressiva, doença que o levou à depressão. João Cabral de Melo Neto faleceu no Rio de Janeiro, no dia 9 de outubro de 1999, vítima de ataque cardíaco.

Prêmios

Prêmio José de Anchieta, de poesia, do IV Centenário de São Paulo, em 1954.
Prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras, em 1955.
Prêmio de Poesia do Instituto Nacional do Livro, em 1993.
Prêmio Bienal Nestlé, pelo conjunto da obra.
Prêmio da União Brasileira de Escritores pelo livro “Crime na Calle Relator”, 1988.