Cadeira 65 (Efetivo) - Membro da APC desde 2019

Luana Cassandra Breitenbach Barroso Coelho

Área: Bioquímica

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Nasceu no bairro do Derby, Recife, Pernambuco, em 28 de abril de 1946, filha de José de Maria Barroso e Anneliese Tulliola Breitenbach Barroso. Graduação em Engenharia Agronômica, Escola Superior de Agricultura, atual Universidade Federal Rural de Pernambuco, UFRPE (1963-1966), Mestrado em Bioquímica, Universidade Federal de Pernambuco, UFPE (1972-1976) e Doutorado em Bioquímica (Philosophy Doctor, PhD), University of London, Inglaterra (1978-1982). Pesquisadora do CNPq, Bolsista de Iniciação Científica (1964-1966, discípula do Professor João Vasconcelos Sobrinho), Aperfeiçoamento (1967-1972), Mestrado (1972-1976), Doutorado (1978-1982) e Produtividade em Pesquisa (1983-atual, Comitê Bioquímica). Pesquisadora do Instituto de Experimentação Agropecuária do Nordeste, IPEANE (1967-1971), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, EMBRAPA (1971-1976), da UFPE (1976-atual). Em 1982, retornando ao Departamento de Bioquímica da UFPE, iniciou nova Linha de Pesquisa, Bioquímica de Lectinas, exercendo a liderança do então denominado Laboratório de Glicoproteínas, atual Laboratório de Bioquímica de Proteínas, nome do Grupo de Pesquisa do CNPq estruturado no mesmo ano. Coordenadora do Mestrado em Bioquímica (1986-1998) e do Doutorado em Ciências Biológicas (1998-2005) da UFPE, implantando o Mestrado em Ciências Biológicas. Professora Permanente dos Programas de Pós-graduação em Bioquímica e Fisiologia (PPGBF) e em Ciências Biológicas (PPGCB) da UFPE. Orientou dezenas de alunos de Iniciação Científica, 47 Mestres e 25 Doutores; coorientou 13 Mestres e 12 Doutores; supervisionou 7 Pós-Doutores. Professora Pesquisadora da UFPE (Bolsista 1B, CNPq), com 227 artigos publicados em periódicos internacionais, 56 capítulos em livros e 7 livros editados. Contribui desde 1983 em eventos em Biociências/Bioquímica, com mais de seiscentas publicações em Anais nacionais e internacionais. Orienta Iniciação Científica, Mestrado e Doutorado; supervisiona Pós-Doutorado. É revisora de 128 periódicos internacionais. Título de Comendadora e Profissional do Ano 2015. Diploma da Láurea ao Mérito do Centenário do Clube de Engenharia de Pernambuco, 2019. Na Plataforma Open Box da Ciência, 2020, foi destacada entre 50 pesquisadoras brasileiras como protagonista em sua Área Ciências Biológicas, Bioquímica (2). Membro da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular. Membro das Academia Pernambucana de Ciência Agronômica, Academia Brasileira de Ciência Agronômica e Academia Pernambucana de Ciências. Tem experiência na Área de Bioquímica, com ênfase em Proteínas. Professora homenageada pela UFPE, Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas e Qualidade de Vida (2003), pela excelência nos serviços prestados, com empenho, comprometimento, entusiasmo e perseverança à Instituição; pela Pós-Graduação em Ciências Biológicas (2007), em agradecimento à valiosa contribuição didático-científica para o crescimento da pesquisa e da pós-graduação do País; através do Departamento de Bioquímica, Centro de Biociências (2007), em agradecimento à valiosa contribuição didático-científica e o empenho em multiplicar e dividir conhecimentos para o seu crescimento. Tem interesse em línguas estrangeiras, inglês (Very Advanced English, Hammersmith and West London College, Londres, Inglaterra, 1980), espanhol, francês e alemão; Curso Avançado de Língua e Cultura Italiana, da Società Dante Alighieri (2004). Plataforma ResearchGate, Score 43.05. Índice H 28, Web of Science; Índice H 37, base SCOPUS. Membro do Editorial Board do Carbohydrate Polymer Technologies and Applications. 2 5 2021.

Patrono

Aggeu de Godoy Magalhães

Aggeu de Godoy Magalhães nasceu em 7 de dezembro de 1898, em Petrolândia, Sertão de Pernambuco. Filho de Sérgio Nunes de Magalhães e Antônia de Godoy Magalhães, passou sua infância no Recife e estudou no Ginásio Pernambucano. Aos 22 anos, formou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1920, sendo o laureado da turma. Recém-formado, voltou ao Recife e na época de seu retorno a febre amarela e a malária eram endêmicas em toda a Região Metropolitana. A taxa de mortalidade por tuberculose e varíola também era elevada. Na sua carreira de sanitarista foi diretor do Serviço de Profilaxia Rural, desenvolvendo trabalho no combate à febre amarela e à malária, abrindo vários postos de saúde em Pernambuco. Em 1922, tornou-se membro na Sociedade de Medicina de Pernambuco (SMP). Foi Professor Titular da cadeira de Anatomia Patológica da Faculdade de Medicina do Recife em 1925. Foi presidente da SMP em 1928, posição mantida até 1929, quando, por indicação da Fundação Rockfeller, do Rio de Janeiro, foi convidado a fazer um curso de especialização por seis meses nos Estados Unidos, estagiando no Departamento de Patologia da Universidade de Columbia, em Nova Iorque. Em seguida, estagiou por mais seis meses no Departamento de Patologia da Universidade de Toronto, no Canadá. Ao retornar ao Recife, em 1930, voltou a dedicar-se à cadeira de Anatomia Patológica no Hospital Infantil Manoel Almeida, onde havia laboratórios da Faculdade de Medicina. No local, passou a aplicar técnicas trazidas dos Estados Unidos, como necropsias e preparações histológicas. Em 1933, o Departamento de Saúde do Estado de Pernambuco criou o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO), sob a direção de Aggeu Magalhães. A partir do trabalho desenvolvido foi possível detectar a presença de doenças até então desconhecidas na Região, a exemplo da esquistossomose mansônica. O Professor Aggeu Magalhães foi um dos idealizadores do Instituto de Pesquisas Agronômicas de Pernambuco (IPA), criado em 1935 pelo seu irmão, Agamenon Magalhães, na época, governador do Estado. Em 1937, tornou-se diretor da Faculdade de Medicina do Recife. Em 1946, Aggeu Magalhães, é nomeado presidente do Instituto de Assistência Hospitalar em Recife. Naquele mesmo ano, por sugestão sua, o então governador José Domingues criou a Secretaria de Saúde e Educação do Estado de Pernambuco. Indicado ao cargo, permaneceu de março a agosto de 1946. Em 1948, autoridades do Ministério da Saúde e Educação visitaram Pernambuco para tratar da instalação de um centro de helmintoses no Estado, sonho antigo de Aggeu Magalhães. O então governador Alexandre José Barbosa Lima Sobrinho concedeu o terreno. Aggeu Magalhães, um pioneiro, faleceu em 31 de julho de 1949, um ano antes da inauguração do centro de pesquisas. Como homenagem, a instituição recebeu seu nome; inicialmente, chamou-se Instituto Aggeu Magalhães, tornando-se, mais tarde, Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (CPqAM), integrado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na década de 1970. Em 1986, sob a direção do Professor Aggeu de Godoy Magalhães Filho, sua sede foi transferida para o campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Atualmente é um centro de referência internacional da Organização Mundial de Saúde (OMS).