IRRD – RESPOSTA À EMERGÊNCIA PARA COVID-19 POR PLATAFORMA HIPERSPECTRAL DE VIGILÂNCIA BIO-EPIDEMIOLÓGICA

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Jones Oliveira de Albuquerque (APC, cadeira #25)

Instituto para Redução de Riscos e Desastres – Breve Histórico

No Brasil, os Centros de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (CEPEDs) foram instituídos e estimulados pelo Ministério da Integração Nacional em 1999. São centros interdisciplinares e envolvem diversas áreas como Geoprocessamento, Meteorologia, Geofísica, Estatística, Saúde Pública, Psicologia, Engenharias, Informática, entre outras. Em 2004, O CEPED de Pernambuco foi instituído na UFRPE via processo no. 23082.000990/2004. Após mais de uma década de operação, em 2018, foi formalizada uma proposta de adequação e atualização do CEPED na UFRPE [http://www.ceped.ufrpe.br/] para o atual IRRD – Instituto para Redução de Riscos e Desastres [https://www.irrd.org/] visando atender às demandas da Gestão da Universidade e integrando a UFRPE às mais recentes diretrizes da ONU [https://www.undrr.org/] e de pesquisa mundiais com este mesmo objetivo-fim [http://www.dpri.kyoto-u.ac.jp/gsri/index.html]. Assim, em 11 de outubro de 2019, com o apoio do Laboratório de Imunopatologia Keizo-Asami da UFPE (LIKA-UFPE) na área de Saúde Global, a UFRPE homologou e instituiu o IRRD com total apoio e incentivo da Professora Maria José de Sena, então Reitora da UFRPE, em acordo com a Gestão da UFPE nas pessoas do até então Reitor Prof. Anísio Brasileiro de Freitas Dourado e o Diretor do LIKA-UFPE, Prof. José Luiz de Lima Filho. A proposta foi redigida e operacionalizada pelos Professores Hernande Pereira da Silva e Jones Oliveira de Albuquerque, pois os mesmos já representavam oficialmente a UFRPE nas comissões de Mudanças e Eventos Climáticos em Pernambuco e no Brasil por seus respectivos históricos de pesquisa e experiência em fenômenos dessa natureza.

              

 

Assim, mesmo antes de sua criação, o IRRD já havia colaborado e ajudado a mitigar os danos de enchentes (Palmares, Ribeirão), queimadas e desertificação (Sertão Nordestino), epidemias (Esquistossomose, Dengue, Chikungunya, Zika) e, depois de já constituído, contribuiu para as respostas em emergência durante o derramamento de oleo no litoral brasileiro [https://www.irrd.org/oilspillbr/] e durante o surto de cólera em missão de 40 dias no Malawi na África convocado pelo UNICEF para integrar as ações junto o próprio UNICEF e Médicos Sem Fronteiras, Cruz Vermelha, UNs e o Ministério da Saúde do Governo do Malawi após a passagem do Ciclone Idai.

[https://www.unicef.org/malawi/press-releases/brazilian-scientists-unicef-use-technology-predict-disease-outbreaks-after-floods].

                                  

                                                  IRRD – Plataformas Hiperspectrais de Vigilância Bio-Epidemiológica


Em 2017, usufruindo da longa parceria (três décadas) entre LIKA-UFPE e Life and Medical Sciences School da UCL (University College of London) e após vivência no IRDR-UCL – Institute for Risk and Disaster Reduction of University College of London [
https://www.ucl.ac.uk/risk-disaster-reduction/] e no The Alan Turing Institute [https://www.turing.ac.uk/] foi apresentada em seminário, em 18 de outubro de 2018, no The Francis Crick Institute [https://www.crick.ac.uk/] uma proposta de Plataforma Hiperspectral para Vigilância Bio-Epidemiológica baseada numa máquina de matemática contínua computacional proposta por Leibniz em 1700, e não nas versáteis, porém discretas, máquinas de Turing de 1936:

[https://www.eventbrite.co.uk/e/crick-ai-club-craic-18th-of-october-2018-tickets-50687880816 ].

                                   

                                                                        

Plataformas Hiperspectrais de Escala Global

2019 – Cholera – Malawi-Africahttp://healthdrones.tech/malawi/BioEpi.html

2020 – COVID-19 – Pernambuco-Brasilhttps://www.irrd.org/covid-19/

2020 – COVID-19 – Malawi-Africahttps://www.irrd.org/covid-19-mw/

                                 

Epidemiologia Geométrico-Computacional – uma nova área da Epidemiologia ou uma nova Epidemiologia?

Em dezembro de 2005, teve início o projeto xiscanoe.org em conjunto com o até então – Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (CPqAM), hoje FIOCRUZ-Pernambuco, em colaboração com a Pesquisadora Constança Simões Barbosa, e que se tornou epischisto.org após aporte de Edital Universal do CNPq em 2006. Desde então, seguiu-se a busca por uma Epidemiologia Geométrico-Computacional seguindo os fundamentos de Henri Poincaré na tentativa de explicar fenômenos não-lineares de forma geométrica, entre eles a Epidemiologia. E assim, não em ordem cronológica de seus trabalhos, Lorenz, Darwin, Langton, John Von Neumann, Conway, Mandelbrot, Wolfram, Leibniz, Gödel, Turing, Feynman e Einstein tiveram suas contribuições aqui. A busca por explicações geométricas para epidemiologia de esquistossomose do litoral de Pernambuco teve influência de todos eles. Desta busca surgiram Startups [epitrack.tech e healthdrones.tech], que recebeu diversos prêmios nacionais por ações de combate a Epidemias no Brasil e prêmios mundiais de ajuda a FIFA durante a Copa do mundo de Futebol em 2014, do Comitê Olímpico Internacional durante a Olimpíada RIO2016, ao UNICEF em 2019 e 2020, e reconhecimentos mundiais de repercussão internacional em canais de notícias, periódicos internacionais e Universidades.

[https://www.ucl.ac.uk/news/2020/jul/helping-track-and-reduce-covid-19-infections-northeast-brazil].

Durante a missão no Malawi pelo UNICEF e na resposta em emergência para COVID-19, tanto no Brasil quanto no Malawi, foram e estão sendo utilizadas abordagens na tentativa de geometrização dos fenômenos da pandemia. Para a descrição de Risco Pandêmico, em conjunto com métricas epidemiológicas [https://www.irrd.org/covid-19/graficos-interativos/], estão sendo utilizadas três abordagens geométricas:

  1. Análise Hiperbólica de Sistemas Complexos [https://www.irrd.org/covid-19/diagramas-de-risco/] juntamente com o grupo dos Professores Daniel Lopez-Codina e Clara Prats do BIOCOMSC – Computational Biology and Complex Systemsn[https://biocomsc.upc.edu/en];

  2. Análise Topológico-Algébrica [https://www.irrd.org/covid-19/ricci/] lideradas pelo Professor Fernando Nóbrega do Departamento de Matemática da UFPE;

  3. Imageamento Termal por drones [http://healthdrones.tech/mapeamento/] sendo este um dos projetos de aplicação do Instituto Nacional para Engenharia de Software coordenado pelo Professor Augusto Sampaio [https://ines.org.br/projects-2/modelling-analysis-simulation-and-implementation-of-robotic-applications/]

Assim, diante de tais experimentos, evidências, resultados e repercussões mundiais, resta-nos perguntar:

Há uma Epidemiologia Geométrico-Computacional a ser explorada?

e ainda,

Há uma Computação Contínua, e não discreta, desejada por Gottfried Wilhelm Leibniz e Charles Darwin, Poincaré, Kurt Gödel, Albert Einstein, entre outros, a ser desenvolvida?

#NaturaNonFacitSaltus