CORONAVIRUS – DESIGUALDADES E INSEGURANÇA

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CORONAVIRUS – DESIGUALDADES E INSEGURANÇA

 

Leonardo Sampaio (APC, cadeira 3)


Em pelo menos dois, de seus magistrais trabalhos – “Dinheiro, de onde vem e para onde vai” e a série televisiva, disponível na internet “A era da incerteza”, o Professor e diplomata John K. Galbraith chama a atenção para os fluxos financeiros e para a grassante incompetência administrativa pública. 

A disseminação da pandemia coronavirus, com coberturas jornalísticas locais e mundial, propicia oportunidade para análise do seu alcance nas diversas camadas sociais citadinas e rurais, dos diferentes países e regiões. Assim como, das competências dos administradores públicos, disponibilidades, destinações e uso dos recursos humanos, materiais e fluxos financeiros. E, acima de tudo, capacidade de mobilização das lideranças associativas, de classes e comunitárias, para garantia efetiva do atendimento dos mais necessitados, das classes mais carentes. 

Ferramentas para esta análise são conhecidas e disponíveis. Vejam-se a dissertação “Avaliação administrativa e desenvolvimento – um estudo da eficácia da administração no Brasil” e o livro “Participação e desenvolvimento” (na internet), fruto de um ano de discussões na maior escola latino-americana de estudos estratégicos e aprimoramento de lideranças cívicas, assim como o cabedal de teses debatidas (já deveriam também estar disponíveis para o público e, principalmente, postas na grande noosfera mundial). 

O Brasil tem expertise nessa área,  com contribuições exemplares de avaliação de políticas e ações públicas feitas pelo  PIMES/UFPE para organismos como o Banco Mundial e a ONU. Podendo-se usar como paradigma os valores expostos no artigo “El focus del desarrollo” (na internet) e os volumes sobre “Educação para o desenvolvimento local sustentável” (na internet “Cadernos do Semiárido”), com exposição, inclusive de modelo metodológico para ação a nível municipal. A mobilização do empresariado pernambucano no apoio às ações de saúde deve ser contabilizada na análise do alcance da pandemia coronavirus. 

Assim como avaliada a integração da administração pública com lideranças comunitárias, a exemplo da Associação Comercial de Caruaru, paradigmática no diagnóstico e defesa dos micros, pequenos e médios empresários. E a Associação Comercial de Pernambuco, propugnadora do Envolvimento Local para o Progresso Sustentável, só possível com a superação dos desequilíbrios regionais e das desigualdades de educação e renda ( Série “Orçamento e Governo”, Revista da Associação Comercial de Pernambuco, na internet).

Em termos de Nordeste, esta avaliação poderia ser motivo de reaproximação revitalizadora (?) da Sudene com a geração de técnicos das Secretarias de Planejamento estaduais, decorrentes do seu pioneirismo em institucionalizar o processo de diagnóstico-avaliação no Brasil. Coordenando o Etene/BNB no acompanhamento dos fluxos das verbas destinadas para Estados e Municípios, com mobilização dos expertises universitários – as  Academias de Ciências de Pernambuco já havendo dado o exemplo por meio da realização de três Fóruns, o primeiro com tema “O papel das Academias no desenvolvimento estadual”, o segundo “Responsabilidade social das Academias de Ciências”, e o terceiro, virtual, disponível na internet“, Pandemia – Educação e Saúde (vide também as decorrentes “Cartas das Academias, disponíveis na internet).